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CONTO: MINHA PEQUENA RITA (Parte 2)

Segunda Parte
(Para que este conto faça sentido, é recomendável ler a primeira parte clicando aqui: Primeira Parte)

Depois de enviar aquela mensagem de texto, Rita me ligou, dizendo que se eu não fosse ao jantar, ela iria embora. Percebi sua tensão, seu medo, e resolvi mudar de de versão. Disse que provavelmente chegaria mais tarde, possivelmente perto de meia-noite. Restariam ainda mais de hora e meia. Pedi que me esperasse lá que era seguro, que jantassem, mas deixassem o filme para ver quando eu chegasse.

Um pouco mais tranquila, ela aceitou, disse que guardaria um pedaço de pizza para mim.

Entre 9h30 da noite e meia-noite, eu estava muito ansioso, ainda tentando decidir se eu iria ou não. Queria realmente deixar os dois sozinhos, dentro de mim, a sensação de que tudo poderia se resolver ali, Rita arrancaria de dentro dela seus fantasmas, a amizade de Beto seria provada, e eu conseguiria finalmente me livrar daquela sensação de traição que há meses me perseguia como uma obseção.


Porém, de repente, a sensação de medo, pois sabia que Beto era um cara pegador, Ritinha era muito vulnerável e linda. Na minha mente começou a formar-se a cena da possibilidade de ele beijá-la, e isso me levou ao desespero. A cena exata do orasmo dela naquele chuveiro, com ele entre suas pernas, e o fato de jamais tê-la vista gozar assim comigo... Mais medo e desespero. Taquicardia, parecia que eu iria morrer ao pensar naquilo tudo. Comecei a perceber o tamanho da armadilha que fiz para mim mesmo: Planejei minha traição.





A sensação era de desespero e arrependimento, e só me ocorreu ligar e dizer que estava chegando em 5 minutos, quando peguei o celular, e antes de ligar, olhei a o horário. Faltavam 15 minutos para meia-noite, e o ultimo ônibus que iria para lá sairia em 10. Daria tempo. E na minha memória, o flash da cena que mais me desesperava, lembrei do pênis enorme daquele cretino saindo de dentro da minha amada Ritinha, quando amolecia naquele chuveiro.



Eu já estava pronto e arrumado. Peguei o celular na mão, e invés de ligar, apenas mandei outra mensagem de texto: "Não vou poder ir até aí. Assistam o filme, e você me conta amanhã. Beijo. Marco".

Eu sabia que não teria mais ônibus para ela ir embora de lá também. Sabia que ela ficaria, era o plano se eu estivesse lá.

Tirei a roupa, e fui dormir. Chorei umas 5 vezes. Me masturbei várias. Na mente, sempre a mesma cena. Beto contraindo as nádegas entre as pernas da menina que eu amava. Pensava na delicadeza do corpo dela, sempre foi tão rosada, mamilos, seus delicados lábios, sua vagina de garota jovem, cheia de não-me-toques. E tudo isso estava ao lado de Beto, que sempre me foi um amigo tão chegado, parceiro de todas as brincadeiras de garotos.




A madrugada passou rápida, embora pesada. Cochilei perto das 7h da manhã, e acordei assustado perto das 9h. Sensação de desespero e pressa. Corri, peguei minha bike, e corri tudo que pude até a casa de Beto. Sabia que Ritinha trabalharia apenas à tarde, mas provavelmente iria embora cedo.

Lá chegando, tudo fechado, mas a bike de Beto estava nos fundos, cadeada. Ele sempre saía apenas com ela. Não conseguia saber se ele estava ainda em casa, talvez dormindo. Era um sábado, sempre se dorme um pouco mais, apenas Rita trabalhava na sorveteria. Mas já eram quase 11 da manhã. Não teria como ainda estar dormindo. Ainda assim, tive pânico da idéia de bater na porta. Passei quase uma hora pela frente da casa, discretamente observando, e resolvi ir embora.

No momento em que eu me virava, escutei a porta se abrindo. E um choque mais uma vez me paralisou: Ritinha estava saindo, com olhos ainda meio inchados. Parecia estar dormindo até 5 minutos antes. Não podiam me ver onde eu estava, mas os via bem. Percebi que ela não sorria, mas ele, um pouco. Vi se despedirem, e ela observando em torno, para ver se ninugém olhava. Deu-lhe um beijo no rosto, e ia saindo, quando ela a puxou com força, e deu-lhe um abraço forte e demorado. Vi quando ele cheirou e beijou o pescoço de Rita, que o apertou forte neste momento. Ela o soltou, e se foi.



Não tive coragem de falar com eles. Apenas os observei, Ritinha indo embora, e Beto fechando a porta. Fui pra casa, com a sensação de arrependimento e... Uma estranha excitação. Será que havia acontecido alguma coisa?



Na sorveteria vi Ritinha andando de um lado pra outro, atendendo com um certo mau-humor. Quando me viu, ela pareceu constrangida, encarou-me uns segundos, surpresa, e passou a evitar me olhar, até o intervalo.

Questionou-me o porque não fui, disse que ficou numa situação difícil. E eu fui direto ao ponto:

- Difícil, Rita? Difícil quanto? Aconteceu algo?
Ela ficou atônita, sem reação. Pensou uns segundos, engolui seco, e respondeu:
- Muito difícil. E não, nada demais. Apenas... Vimos o filme.
- Conversaram bastante? - Pergutei.
- Não... Quer dizer... Sim, mas não muito. Bem... tanto faz. - disse ela, sem jeito.
- Sobre o que conversaram?



- Ora, - disse ela - sobre tudo, sei lá... Bom, não quero falar sobre isso, estou no trabalho, será que a gente pode se falar mais tarde?

Quando saí de lá, saí enfurecido, cheio de ciúmes. E fui direto para a casa de Beto novamente, resolvi que conversaríamos. Mas eu seria estratégico.

Quando cheguei, estava dormindo, e não o deixei nem lavar a cara. Já cheguei "interrogando".

- Então, Beto. Como foi a noite sem mim?
Sem jeito, ele me olhava franzindo a testa, como quem quer ganhar tempo.
- A gente... Comeu a pizza, esperamos você...
- Beto, não me enrola. Já falei com Ritinha. Ela me contou tudo. Quero ver de você, se é homem o bastante, como ela foi mulher. Diga na minha cara.

Foram os trinta segundos de silêncio mais longos de minha vida. Eu parecia estar numa montanha russa. Queria ouvir dele que nada tinha acontecido, mas já tinha sensação de que isso não precisaria de trinta segundos de reflexão para contar.

- Marco, você já sabia que isso ia acontecer. - Sentenciou, como uma machadada.
- E... .






- Não, Marco, agora me escute você. Rita é uma menina maravilhosa. Fui o primeiro namorado dela quando ainda éramos crianças. Desvirginei Ritinha quando ainda éramos adolescentes, e você sequer sabia disso. Nunca fez diferença. Agora, poucos anos depois, você quer o quê, que a gente simplesmente apague o que aconteceu? Sei que você ama ela, e ela ama você.  Mas o que a gente tem é muito antigo, e você nos colocou aqui, sozinhos. Eu sei que você queria me testar, e agora me testou. Provou o que queria, está feliz agora? Pode ir embora e nunca mais falar comigo. Mas se abandonar a Rita, ela vai acabar ficando com alguém de novo, e não será comigo. E talvez continue passando uma noite ou outra comigo. A gente tem isso. Feliz agora?



O que eu poderia dizer? Estava em pedaços por dentro, agora tinha a certeza, e não consegui nem formular uma pergunta que tivesse sentido. Dessa vez, fiz meu silêncio de quase um minuto, pensando no que fazer com Rita. Brigar, bater, simplesmente abandonar... O que Marco disse tinha sentido, em breve ela estaria namorando de novo, se seria feliz. Só eu cultivaria aquele sofrimento. A decisão era estranha, mas estava tomada.

- Beto... Vocês usaram camisinha?

- Porra, irmão, deixa isso pra lá, não fica remoendo.
- Preciso saber, Beto. Preciso saber, senão vou me corroer de dúvida.
- Usamos, cara. Usamos.
- Mas Beto, vi anquela vez, meses atrás, que não estava usando no chuveiro.
- É, não estávamos, era mais um arreto. Mal a penetrei, e você chegou. Ela tinha me pedido uma coisa, que nunca tinha acontecido, e...
- O que ela te pediu, Beto? O que nunca tinha acontecido? - perguntei ansioso.
- Bom, desde nossa primeira vez, anos atrás, eu nunca... Nunca consegui gozar com ela. Ela era sensível, era sua primeira vez, então não dava tempo, pois eu... Você sabe, eu demoro muito pra gozar, sempre te falei, as meninas gostam disso. Mas ela sempre se sentiu frustrada por nunca ter me visto gozar, e para mulher isso é importante. Sempre sentiu-se como se nunca tivesse me dado prazer.
- Ela te pediu isso no chuveiro, Beto?
- Sim, mas você chegou, e...
- Nunca mais aconteceu desde então?
- Não. Paramos ali, ela chorou, eu fui embora, e só voltamos a nos falar através de você. E então... bem... Ontem.

Eu já estava mergulhado num mar de sensações estranhas, de curiosidade,  uma estranha exictação, e muita vontade de saber tudo.



- Ontem você conseguiu gozar, Beto? Comeu minha namorada e gozou, foi isso?
- Cara, que pergunta, deixa isso pra lá. Vocês já não terminaram? Esquece, pô.
- Não terminei com Rita. Nem falei com ela sobre isso. E talvez não termine. Mas quero saber tudo o que aconteceu. Você gozou, Beto?

Vi que Beto ficou atonito por uns instantes. Ele sacou tudo naquele instante, e relaxou. Acho que sacou antes mesmo de mim, que no fundo, eu queria que tudo aquilo tivesse acontecido, movido pela estranha força que tem a vontade de ser realmente traído.

- Ok. Gozei, Marco. Gozei na Ritinha. E quer saber, foi bom. Muito melhor que eu poderia imaginar. Gozei algumas vezes. Mas transamos apenas de camisinha, ela exigiu isso.

Meio que "hipnotizado" pela descrição e minha imaginação do que ele falava, apenas contemplava minha imaginação e pedia complementos.

- Ela gozou também, Beto? Como daquela vez?

- Sim, Marco. Ela gozou algumas vezes. E em várias delas, chorou. Na primeira vez que chorou, chegamos a parar, pois ela começou a dizer que sentia muito arrependimento, que sofria, lamentava ter te feito sofrer, que você não merecia isso, que ela não merecia um cara como você. Eu a amparei de novo, quase chorei junto. Mas discordava, achava que se tinha alguém que merecia ser corneado nesse mundo, era você, Marco. Nunca soube a namorada maravilhosa que tinha. Especialmente na cama.

Estranhamente, não me ofendi.

- Cara, quero acreditar que usaram camisinhas mesmo. Onde estão? Jogou fora?

Franzindo a testa com olhar de desafiado, ele levantou, e me puxou pelo braço.

- Quer ver, seu boca-aberta? Quer ver, vem cá. - Seguiu me puxando, apontando para o sofá - Aqui, tá vendo? Começou tudo. Beijei a Rita quando vi ela me olhando mais do que olhava o filme. Só me deu conta quando já estavamos quase nus. Chupei os peitos dela ali, a virei de costas, tirei a calcinha. Ela sentiu que eu "pincelei" ela sem camisinha, e me travou. Disse que sem não faria. Estava fértil e sem tomar comprimidos. Sempre tenho nos cantos do sofá, abri uma, coloquei, e meti nela. Sim, eu meti na Rita, quer ouvir isso de mim? Meti muito.

Continuou a trajetória, agora, irônico e irritado, foi me empurrando em direção ao quarto, como quem empurra um delinquente.

- Aqui, trouxe ela pra essa cama. Botei ela de quatro em cima da cama, e meti nela com tanta força que a camisinha estourou. Só senti a sensação do calor aumentar, e ela percebeu também. Perguntou se eu tinha gozado, respondi que não, e ela me pediu que "por favor" gozasse. Tive medo, ela disse que tava fértil, as camisinhas estavam lá na sala, eu não queria parar... Mas parei. Disse que não gozaria sem camisinha. Ela se virou, e me pediu mais uma vez "por favor". Quando vi, estava me chupando e punhetando, pedindo pra eu eu gozar, pois ela precisava disso. Pela primeira vez na vida, gozei numa transa com Rita. E acho que ela nunca viu sêmen na vida, pois quase vomitou, não sabia o que fazer quando comecei a ejacular. Já tinha tirado os pedaços da camisinha estourada, e não avisei quando gozei. Ainda assim, se cuspindo toda, ela me abraçou a cintura, e agradeceu.

 




- Nunca deixei ela ver o sêmen, sempre tirava a camisinha discretamente, e jogava fora. - Comentei, com a sensação de nunca ter sido homem o bastante pra impor minha vontade.

- Bom, isso tudo aconteceu depois que ela recebeu sua mensagem, eu fui tomar um banho, peguei uma caixa de camisinhas, e sim, comi ela a noite toda. E comi ela toda. Apenas não consegui ir muito longe no anal, pois ela não aguenta muito, tem que se acostumar. Gastei um tubo de KY pra ela aguentar uns poucos minutos. Não gozei no anal com ela, mas gozei de várias outras formas. E se quiser ver, debaixo da cama tem camisinhas usadas.

Minha curiosidade mórbida me colocou de quatro ao lado da cama, olhando para baixo dela. E sim, lá estavam. Ainda estavam molhadas, pois brilhavam. Fiquei imaginando ser era de lubrificante ou de orgasmos de minha amada Ritinha. Ali, quase escondido, sorri pela primeira vez nos ultimos dias. Mas disfarcei antes de levantar.



- Bom, Beto. Obrigado pela coragem de me contar.
- Peraí, Marco. Se comecei, vou terminar. Pela manhã, pouco antes de sair, acordei com ela me chupando novamente. Eu tava sonolento, e quando dei por mim, ela tava tantando encaixar na bunda dela o meu pau duro. Sem camisinha.



Ajudei ela um pouco, e entrou. Ela sofreu bastante, mas foi guerreira, queria aguentar. Me pediu pra gozar várias vezes, mas não consegui, ainda mais de manhã cedo, com preguiça. Olhou pra mim, perguntando se eu não ia gozar, pois ela não aguentava mais de dor na bundinha. Pedi perdão, disse que não conseguria. Ela se esforçou ainda mais uns minutos, e desistiu.


Desencaixou, levantou, foi pro banho, se vestiu e saiu. 


Na porta, quando ela se despedia, a puxei e pedi desculpa a ela por não ter gozado. E ela cochichou no meu ouvido:

- "Fica pra próxima".



Silenciamos por quase um minuto. Troquei de assunto, e falei com Beto sobre assuntos do trabalho, que teríamos de resolver na segunda-feira. Ele agiu como se nada do que disse antes tivesse sido dito. Agimos como cavalheiros, e me despedi. Antes de sair, apenas me voltei a ele, e pedi:
- Beto, sobre o que aconteceu, e sobre o que conversamos... Não digas nada a Rita que sei de algo, ou que falamos sobre isso.

Com a cabeça, ele concordou, e fechou a porta em seguida.

Não vi Ritinha no resto do sábado, só liguei para ela domingo de manhã, e fomos andar de bicicleta no parque. Ela estava séria, fechada. E eu a perguntei se não ia me contar o filme.



- Marco eu... Não vi direito, acho que dormi no meio do filme... Acho que preciso te contar umas coisas... - Mas consegui interrompê-la à tempo.

- Não, amor, não conta não! Fazemos diferente... Vemos o filme novamente. Que tal, sexta que vem, na casa do Beto novamente? Dessa vez juro que não falto!

Foi engraçado o rosto dela, com a expressão de certa ironia e dúvida, com um meio sorriso:
- Ok, Marco. Ok. Sexta-feira, então... Sorriu, e virou pra frente, apreciando a paisagem.













Sorri.




Olhei para a frente, e pensei no mais absoluto silêncio: - " 'Fica pra próxima' , disse ela. Então que fique".










Então, algum interesse em saber o que tem na próxima? Comente. ;)